terça-feira, 16 de novembro de 2010

Medo da verdade.



Tenho pensado demais na verdade. A verdade da alma, do sentimento, do momento, da felicidade. A verdade sobre coisas simples que fazem a diferença no momento em que se escolhe viver de verdade ou se deixar levar pelo que chamo de medo. Medo da verdade que está diante dos olhos e ao alcance da mão. Medo de não ser verdade o que queria que não fosse sonho. E, enquanto dorme, não consegue perceber o tempo e os segundos que passam, deixando passar também a verdade e a mentira. Não sendo nada além de tempo perdido, vida perdida, amores perdidos. E a verdade, no fim de tudo, estará perdida em alguma esquina das curvas que se fez de olhos fechados, sem ver a beleza das flores na primavera e o quanto o outono pode ser maravilhoso em seus tons de laranja. Perdida embaixo de alguma folha ou monte de neve. Perdida. Só não mais perdida do que aquele que não conseguiu encontra-la, vive-la e senti-la.

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